STOP! Keep calm doesn’t have communism here!

A Era Vargas é um período que se estende de 1930 a 1945, dentro dele existem três subdivisões: governo provisório (1930 a 1934), governo constitucional (1934 a 1937) e o Estado Novo (1937 a 1945).
A Ditadura Militar é um período que se demarca de 1964 a 1985.
Ambas periodizações são tidas como governos autoritarismo onde a liberdade de expressão era censurada e o país passou uma grande centralização de poder.
Analisar e pontuar como cada Ditadura de maneira distinta agiu na sociedade brasileira, porém o enfoque será os canais de comunicação, como eles serviram de instrumento dominador e propagador das ideias desses governos autoritários.
Utilizaremos como fio condutor o patriotismo em combate ao comunismo, como ele se deu pelo canais de comunicação.
A tentativa de contenção da ideologia comunista (propagadora de ideias revolucionários que será tratado na próxima aula) na Era Vargas veio com o alerta do avanço de espiões estrangeiros e a apreensão de livros que tivessem entonação critica e contestadora.

Isto aqui, o que é? - Composição: Ary Barroso

Isto aqui, ô ô
É um pouquinho de Brasil iá iá
Deste Brasil que canta e é feliz,
Feliz, feliz,

É também um pouco de uma raça
Que não tem medo de fumaça ai, ai
E não se entrega não

Olha o jeito nas 'cadeira' que ela sabe dar
Olha só o remelexo que ela sabe dar (Repete)

Morena boa, que me faz penar,
Bota a sandália de prata
E vem pro samba sambar

 Ouça aqui: https://www.youtube.com/watch?v=rwh05GmCKM4 

Esse era o samba exaltação que o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) aceitava. Como contra ponto vamos para um samba censurado.

Pedreiro Waldemar - Composição: Wilson Batista/Roberto

Você conhece o pedreiro Waldemar?
Não conhece?
Mas eu vou lhe apresentar
De madrugada toma o trem da Circular
Faz tanta casa e não tem casa pra morar
Leva marmita embrulhada no jornal
Se tem almoço, nem sempre tem jantar
O Waldemar que é mestre no oficio
Constroi um edificio
E depois não pode entrar
Você conhece o pedreiro Waldemar?
Não conhece, mas eu vou lhe apresentar
De madrugada toma o trem da Circular
Faz tanta casa e não tem casa pra morar

Vargas teve o cuidado de justificar a perseguição a censura do relato de desigualdade social e vadiagem.



CPDOC: arquivo – Getúlio para crianças

Existe uma mensagem que diz que o trabalho aliado a obediência livra o país da desordem que o intelectualismo quer impor, isso porque grande parte dos comunistas eram letrados, e somente juntos se responsabilizaram pelo futuro da Nação.

Ditadura Militar seu ufanismo impositivo

A ditadura de 1964 teve um auxilio a mais para estabelecer o golpe, a televisão que difundia para as camadas populares ideais. Ela se iniciou com a derrocada de Jango.


Correio da manhã do dia 2/4/1964.

A imagem comunista que pintaram do Jango criou um estereotipo e uma áurea sobre o movimento de esquerda que foi perseguido pelos militares, ele nesse discurso escapava do modelo de brasilianidade.
A censura era pré-disposto para a manutenção do poder. Veja a seguir a propaganda do governo Medici que vigorou de 1969 – 1974:



               
                Ao mesmo tempo que a televisão foi mais um mecanismo para dominação, com seus festivais permitiu alertas como de Caetano Veloso nos “Mutantes” cantando “É proibido proibir”.
Canção de protesto

É Proibido Proibir - Composição: Caetano Veloso

A mãe da virgem diz que não
E o anúncio da televisão
Estava escrito no portão
E o maestro ergueu o dedo
E além da porta
Há o porteiro, sim...

E eu digo não
E eu digo não ao não
Eu digo:
É! -- proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...

Me dê um beijo, meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estantes, as estátuas
As vidraças, louças, livros, sim...

E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo:
É! -- proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...
(falado)
Caí no areal na hora adversa que Deus concede aos seus
para o intervalo em que esteja a alma imersa em sonhos
que são Deus.
Que importa o areal, a morte, a desventura, se com Deus
me guardei
É o que me sonhei, que eterno dura
É esse que regressarei.

Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estátuas, as estantes
As vidraças, louças, livros, sim...

E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...

          Ouça aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=4xEz2uva_ZE (com  o discurso magnifico no festival)     

Essa tentativa que fortalecer ou fincar uma identidade brasileira vem de uma extensa construção que se iniciou com os modernistas na “Semana de Arte Moderna” em 1920. A historiografia brasileira busca percorrer os caminhos dessas trajetórias de personificação de uma nação.
                As gerações posteriores a esses processos ditatoriais possuem memórias diferentes das pessoas que nelas viveram. E idealizam um passado de acordo com suas paixões.



< https://www.letras.mus.br/blecaute/674626/ > acessado dia 06/07/2016.
< anisiociscotto.blogspot.com > acessado dia 10/07/2016.



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