Semana de feriado tem folga?
Não, tem texto!
Vou repetir mais uma vez, redação se aprende escrevendo!
Ah! Não leve a sua redação para o rolê, me entregue no dia 04 de junho no Carol!
Para me enviar dúvidas, pedir correções, contar as dificuldades, escrevam para nucci.rafa@gmail.com
POR FAVOR não se esqueçam de colocar nome e turma na redação de vocês.
- O texto deve ser escrito a caneta;
- A redação não deve ultrapassar 30 (trinta) linhas, nem ter menos que 7 (sete) linhas; e
- Não serão corrigidas redações que deliberadamente fugirem do tema proposto.
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TEMA 07
Texto 1
Dois homens armados abriram fogo contra a sede da revista
francesa Charlie Hebdo, em Paris, em 7 de janeiro de 2015, matando 12 pessoas,
das quais oito eram jornalistas. Outras onze pessoas ficaram feridas. A revista
semanal francesa já havia publicado ilustrações satíricas sobre líderes
muçulmanos e foi ameaçada por divulgar caricaturas de Maomé em 2011, tendo
inclusive sua sede incendiada na época. O jornal também havia sido processado
por associações islâmicas na França, mas a Justiça isentou a publicação de
sanções. Ao sair do prédio, os atiradores gritaram “Vingamos o profeta Maomé,
matamos Charlie Hebdo”.
(“O que se sabe sobre o atentado à revista francesa Charlie
Hebdo”. http://noticias.uol.com.br, 07.01.2015. Adaptado.)
Texto 2
As charges polêmicas do Charlie Hebdo são de péssimo gosto,
mas isso não está em questão. O fato é que elas são perigosas, criminosas até,
por dois motivos. O primeiro é a intolerância. Na religião muçulmana, há um
princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma.
Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita
todos os muçulmanos. Mas existe outro problema, ainda mais grave. A maneira
como o jornal retratava os muçulmanos era sempre ofensiva. Os adeptos do Islã
sempre estavam caracterizados por suas roupas típicas, e sempre portando armas
ou fazendo alusões à violência, com trocadilhos com “matar” e “explodir”.
Alguns argumentam que o alvo era somente “os indivíduos radicais”, mas a partir
do momento que somente esses indivíduos são mostrados, cria-se uma
generalização. Os quadrinhos, capas e textos do Charlie Hebdo promovem a
Islamofobia. “Mas isso é motivo para matarem os jornalistas!?”. Não. Claro que
não. Ninguém em sã consciência apoia os atentados. Mas é fato que o atentado
poderia ter sido evitado. Bastava que a justiça tivesse punido o Charlie Hebdo
no primeiro excesso e traçasse uma linha dizendo: “Desse ponto vocês não devem
passar”.
(Rafael Saldanha. “Je ne suis pas Charlie”. http://emtomdemimimi.blogspot.com.br,
08.01.2015. Adaptado.)
Texto 3
Não bastou serem fuzilados, os cartunistas do Charlie Hebdo
foram vítimas de um massacre póstumo. Pessoas de todas as áreas de atuação
lamentaram a tragédia, MAS (não entendo como alguém, nesse caso, consegue
colocar um “MAS”) lembraram que o humor que eles faziam era altamente
“ofensivo”. “Eles não deviam ter brincado com o sagrado”, alegam alguns. Os
chargistas que, mesmo ameaçados, não baixaram o tom, não devem ser tratados
como pivetes malcriados que “fizeram por merecer”, mas como artistas brilhantes
que morreram pela nossa liberdade. Nosso dever é continuar lutando por ela, sem
fazer concessões.
(Gregorio Duvivier. “Viva a falta de respeito, humor não é
ofensivo”. http://www1.folha.uol.com.br, 11.01.2015. Adaptado.)
Texto 4
Como na vida privada, cada qual tem o direito de dizer e
fazer o que bem entender, salvo quando isto representar ofensa ou violência
contra outro. Nos meios de comunicação, não pode ser diferente. A liberdade
deve imperar dentro dos limites da civilidade e legalidade. Sempre que houver
incitação à violência ou ofensas gratuitas a pessoas, grupos ou instituições
deve imperar a lei evitando abusos que, sob o manto da liberdade de expressão,
afrontam as regras legais.
(Sérgio Blattes. “Um princípio que não é absoluto”.
http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br, 16.01.2015. Adaptado.)
Texto 5
Segundo o constitucionalista Daniel Sarmento, “o direito à
liberdade de expressão, para ser válido, deve garantir a manifestação de
pensamentos que até magoem ou ofendam. Críticas duras, sátiras, humor corrosivo
e de mau gosto devem ser simplesmente tolerados”. O que não significa que não
se possa criticar o mau gosto. “Um discurso deve ser combatido com mais
discurso. É preciso proteger quem se manifesta. Proteger mesmo as ideias que
consideramos odiosas”.
(Luiz Costa Pereira Junior e Camila Ploennes. “Tragédia na
França intensifica debate sobre limites da liberdade de expressão”. http://revistalingua.com.br, fevereiro
de 2015. Adaptado.)
Com base nos textos e em seus conhecimentos sobre o assunto,
escreva uma dissertação, na norma culta da língua portuguesa, sobre o seguinte
tema:
O ataque à redação do Charlie Hebdo pode ser justificado
pelas charges polêmicas publicadas pela revista?
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