Fixação em solo tupiniquim

Quando falamos em colonização um ponto importante, extremamente importante, é esquecido.
Quando pensamos a colonização focamos no cultivo da cana-de-açúcar e na extração de ouro da região das minas, será que isso é o suficiente para sustentar uma economia e também o povoamento de uma colônia de dimensão continental?
Para responder essa pergunta pegaremos regiões para estudar, lembrando do Tratado de Tordesilhas como fronteira internacional.


 Galeria Google

Nordeste

Litoral

Tentaram plantar cana-de-açúcar e conseguiram, rapidamente essa febre se espaçou sem sucesso pela colônia, o solo nordestino se adaptava melhor a essa planta de origem asiática o que ajudou a colonizar essa região.
Para saber mais sobre a importância da cana de açúcar no Brasil leia: http://www.infoescola.com/plantas/cana-de-acucar/

Para que essa produção atingisse seu ápice e gerasse maiores lucros foi proibido o cultivo de outras plantas nessa área, grandes investimentos estrangeiros foram feitos por holandeses para a construções de engenhos, porém a coroa portuguesa teve problemas com a Igreja Católica por causa disso, motivo? Os moradores dos Paises Baixo eram em sua maioria judeus que eram perseguidos pela Santa Inquisição e viam nas colônias um lugar perfeito para fuga, tivemos nossa “Santa Inquisição”, veja mais sobre isso aqui: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/o-que-a-inquisicao-veio-fazer-no-brasil

Mais detalhes referente o funcionamento de um engenho: http://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/engenho_colonial.htm

Caatinga

Na região da caatinga se desenvolveu a pecuária, criação de gado, de lá se tirava o queijo, o leite, couro, carne e entre outros derivados. Ao longo do rio São Francisco a agricultura prevaleceu.
A produção circulava entre si e o litoral do Nordeste.



Planta usada para alimentar o gado em momentos de seca, comentado em sala, como é uma planta curiosa para quem é de São Paulo e perguntaram bastante resolvi pesquisar. Humanos podem comer, mas por ser tradicionalmente usado como ração de animal existe o preconceito com o consumo do alimento, mas na alta gastronomia é utilizada. Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/suplementos/viva/palma-e-alimento-1.298265

Temos que tirar a ideia de uma miséria eterna quando chove na região da caatinga um lindo tapete florido varre a terra rachada.




Sulistas

Por conta dos intensos conflitos por delimitação das terras espanholas e portuguesas a criação do gado era trabalhosa, porém era uma economia mais independente da colônia.

Capitania de São Vicente

Os insucessos de povoar a região do Grande ABC paulista fez com que José de Anchieta adentrasse as matas e conseguisse apoio do líder indígena Tibiriçá, cujo restos mortais se encontram na cripta da catedral da Sé,  e se estabelecesse onde hoje é o terminal Dom Pedro II, República, Anhangabaú, 25 de março, na realidade a cidade surgiu entre rios importantes que foram canalizados. Veja neste link um documentário, maravilhoso, sobre o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=Fwh-cZfWNIc
A boa adaptação portuguesa aos costumes indígenas fizeram que os descendentes fizessem um apanhado de técnicas nativas de cultivo a terra e caça com os hábitos culturais portugueses, com isso a Entrada (expedição oficial) e Bandeiras (particular) fosse uma atividade de caça aos índios não catequizados que atraiu esses homens, esse aprisionamento tentou ser feito para sustentar e manter o cultivo de cana de açúcar, mas o negócio não deu certo.
Ao encontrar ouro nas regiões das Minas o comércio passa a ser foco com o troperismo.
Curiosamente a cidade de São Paulo foi governada por mulheres, já que seus maridos estavam fazendo a longa viagem de seis meses para chegar em Minas Gerais.
Entre esses caminhos para chegar a esse local pequenas vilas se estabelecem para que tropeiros descansem  e isso justifica regiões afastadas povoadas no Brasil Colônia.

Região das Minas

Nada poderia ser cultivado neste local, a Coroa Portuguesa exigia o máximo esforços para extração do ouro.
Diferente da produção de açúcar que teve percalços devidos a introdução de mão de obra escrava.
                                            
Poder e poderes, o dinheiros compra?

Quando falamos de economia brasileira é muito comum em falar no ciclo do açúcar, ciclo do ouro e ciclo do café, vamos analisar de maneira superficial essa afirmativa.
O ciclo do açúcar não existe por produzirmos até hoje toneladas da planta, ou seja, não é algo acabado para ser um ciclo que remete a um período de produção que cessa e retorna.
O ciclo do ouro até tem razão de ser por ter sido um produto que não pode ser cultivado e raramente encontrado atualmente no país, tendo seu ápice no Brasil no século XVII ao final do século XVIII e comecinho do século XVI.
O ciclo do café é a mesma coisa do açúcar, ainda produzimos os grãos, exportamos em grande quantidade, somos reconhecidos por ter os melhores grãos.
O material define como se governa toda essa estrutura, quando a cana de açúcar se mostra produtiva atrai os olhares dessa coroa e a busca por uma colonização efetiva.
No momento que se acaba o ouro da região das Minas os brasileiros lutam contra a figura opressora da coroa portuguesa que exigia mais rendas.
O café traz o folego da República e suas implicações, a tentativa de ter o povo sem fazê-lo tomar pose de seu poder. A oligarquia cafeeira ajuda a dar as cartas.

O que vemos nessa estrutura é uma delimitação de poder econômico e poder politico e não evidentemente um ciclo.

Inté o próximo texto,
Profª Lene - História do Brasil

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